domingo, 25 de outubro de 2015

Plano Municipal de Cultura aprovado não é o nosso plano

No dia 21 de outubro, tivemos mais um embate na luta para que nossa cidade tivesse um Plano Municipal de Cultura. Depois de 3 anos de trabalho intenso e de o texto ter ido para a Câmara sem as metas, compusemos um acordo entre todos os partidos e vereadores e conquistamos o melhor texto naquele momento.


O plano que foi aprovado unanimemente, na tarde de 13 de julho, por todos os partidos e vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, sofreu diversos vetos pelo prefeito José Fortunati, num claro desrespeito ao acordo consagrado.


Voltando para a câmara, alguns vetos foram derrubados, e um deles, o mais importante, pois trata de orçamento para a cultura, mesmo ela sendo o terceiro item de opção dos porto-alegrenses no Orçamento Participativo e sem o que nada se constrói, não foi aprovado.

O Plano aprovado  é um arremedo de plano municipal de cultura. Não é aquele que foi feito à várias mãos, pela sociedade civil, conselho e gestor. Mesmo que tivéssemos aprovado todas as nossas emendas e derrubado todos os vetos, queremos sinalizar que também não seria o nosso plano, pois o seu texto aprovado foi modificado pelo Executivo,  à revelia da sociedade porto-alegrense.


Mesmo assim, na certeza de que já obtivemos um avanço, incluindo Porto Alegre no Sistema Nacional de Cultura, cumprimentamos todos, que lutaram conosco, chamando já para a luta que continua.


Lutaremos até conseguir realmente aprovar, nas revisões previstas para o PMC POA,  um texto mais fiel e de acordo com o que foi construído a partir de 9 conferências de cultura, 18 anos de demandas represadas e que o gestor simplesmente ignorou.


A oportunidade para expressar aos gestores, comunidade cultural e imprensa, a nossa insatisfação por esse texto aprovado, será na 10ª Conferência Municipal de Cultura, que se avizinha, onde novamente nós todos  juntos e unidos continuaremos nossa luta pela verdade, ética e democracia, pois não desistiremos dos nossos sonhos!


ATIVISTAS DA CULTURA DE PORTO ALEGRE: JUNTOS CONTINUAMOS A LUTAR PELO NOSSO PLANO DE CULTURA!

Guimarães Presidente  Conselho Municipal de Cultura
Em mandato prorrogado
F: 9987.5880
Twitter Guimarães:http://twitter.com/notas_guimaraes
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XIII Encontro Bandoneon -Passo Fundo


Colaboração Hilton Araldi

  

PROMOÇÃO : 7ª R.T.

APOIO : PREFEITURA MUNICIPAL DE PASSO FUNDO

Informações :
Tio Mena - 54 3313 4841

ou
Hilton Luiz Araldi
FONE 54 3045 6249 - Cel : 8111 2162
skype:  hilton.araldi
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Prefeitura Municipal de Passo Fundo

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23 de Setembro de 1864 nasce Honório Lemos

 
Como era chamado Honório Lemes

HISTORIA DO RIO GRANDE DO SUL

Por Manoelito Carlos Savaris
TU SABIAS?

Tu sabias como era chamado Honório Lemes?

A ele é atribuída a frase: "Quero leis que governem homens e não homens que governem leis". Honório Lemes da Silva nasceu no dia 23 de setembro de 1864 em Cachoeira do Sul. Foi criado no distrito de Barro Vermelho. Aos 12 anos foi morar em Rosário do Sul.

Cresceu ouvindo historias sobre revoluções e citações de nomes como o de Gaspar Silveira Martins. De estatura mediana, tinha traços mestiços e fala estropiada. Foi tropeiro. Pai de cinco filhos, todos eles combatentes na Revolução de 1923, participou da Revolução federalista, iniciando como oficial subalterno na forca federalista de Manoel Machado, que o haveria de cognominar de "Leão do Caverá", chegou a coronel. 

Realizado o pleito eleitoral de 1922, Borges de Medeiros resultou reeleito Presidente do Estado, pela quinta vez, derrotando "os libertadores" – federalistas remanescentes e republicanos descontentes – formando a Aliança Libertadora comandada por Assis Brasil. Houve fraude eleitoral disseram os partidários de Assis Brasil. A luta armada eclodiu. Os lenços colorados – maragatos – contra os lenços brancos – chimangos (assim denominados os pica-paus, depois da divulgação do poemeto satírico de Ramiro Barcelos, "Antonio Chimango").

Honório Lemes, maragato convicto, assumiu o comando das forcas rebeldes da Fronteira Sudoeste. Sua primeira ação, partindo da Serra do Caverá, foi invadir Alegrete, o que ocorreu no dia 23 de março de 1923.
De Alegrete, Honório Lemes avançou contra Uruguaiana com 2.000 rebeldes, mas depois de três dias de cerco (3 a 5 de abril de 23), tentando quebrar a resistência comandada pelo Intendente Flores da Cunha, o caudilho desistiu e retrocedeu para Alegrete. Pressionado pelas forcas governistas comandadas por Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e do Cel. Claudino Nunes Pereira, o chefe maragato deixou Alegrete e se embrenhou nos labirintos da Serra do Caverá. Ocorreram vários pequenos combates nos dias que se seguiram.


O combate do rio Santa Maria Chico, marcou a morte do mas famoso dos degoladores de 93, conforme escreveu Flores da Cunha: "Entre os rebeldes mortos estava o Cel. Adão Latorre, uruguaio de nascimento e veterano federalista da campnah de 1893, em que se celebrizara tristemente pela degolas do Rio Negro. Apresentava aspectos de avançada idade."

Depois de variows meses de escaramuças, inclusive com uma marcha até a regiao missioneira, Honório Lemes reúne-se com os demais comandantes revolucionários em Pedras Altas, município de Pinheiro Machado. Entre os maragatos reunidos para tratar da proposta de pacificação apresentada pelo Marechal Setembrino de Carvalho, enviado ao sul pelo Presidente da Republica, para tentar a pacificação, encontramos: General Menna Barreto, General Estácio Azambuja, General Zeca Neto, Dr. Assis Brasil, Pecuarista Ângelo Pinheiro Machado, General Leonel Rocha, General Felipe Portinho e Coronel Chiquinote Pereira.

Finalmente, no dia 14 de dezembro de 1923, no Castelo de Pedras Altas, residência de Assis Brasil, foi firmada a paz e lavrada uma ata que, a 17, recebia, em solenidade no palácio do governo, a assinatura de Borges de Medeiros.

Vamos encontrar Honório Lemes envolvido na Revolução de 1924, que deu origem à "Coluna Prestes" – movimento de abrangência nacional que pretendia depor o Presidente da Republica, Arthur Bernardes – na qual também se envolveu Zeca Neto. Essa revolta durou pouco e em dezembro de 1924, Honório e Zeca, cada um com pouco mais de 100 combatentes, imigraram para o Uruguai.

Em 1925 o caudilho Tentou nova revolução, mas sem apoio, seu intento durou somente 10 dias e lhe custou a prisão. Ficou preso até 1927, quando foi anistiado.
O "Leão do Caverá", ou "Tropeiro da Liberdade", ou "Raposa das Coxilhas", codinomes pelo qual era conhecido, o lendário federalista Honório Lemes faleceu aos 66 anos de idade, pobre e humildemente, em seu rancho, nas terras da estância do Sr. Bernardino Domingues, em Rosário do Sul, a 30 de setembro de 1930.

Fonte: Pozzobon, Zola Franco. Como dizia Honório Lemos. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997.

 
Colaboração
Hilton Luiz Araldi

Batalha do Fanfa. ...

 

A BATALHA DO FANFA
Aconteceu em 03 e 04 de outubro de 1836, entre a República Rio-grandense e as forças do Império do Brasil. E sob o comando do General Bento Gonçalves travaram a famosa Batalha do Fanfa, um dos primeiros conflitos da Revolução Farroupilha.

Morro e ilha fronteiros, no Jacuí. Na véspera Bento Gonçalves tomou conhecimento da Proclamação da República Rio-grandense, na Batalha do Seival, avançou a 1.100 combatentes. Era necessário atravessar o rio na ilha do Fanfa, para a junção com as forças de Antônio de Souza Neto, devido à época de cheias.

 Na travessia, apresentou-se, porém a esquadrilha de John Pascoe Grenfell, composta de canhoneiras números 3, 5, 6 e 7, posicionadas de modo a impedir a passagem dos farrapos.

Em 03 de outubro, primeiro dia da batalha, houve troca de tiros entre canhões dos barcos e os dos farroupilhas que estavam instalados no morro da ilha, resultando da completa vitória dos imperiais. No terceiro dia de batalha, enquanto a esquadrilha de John Grenfell impedia o cruzamento dos farroupilhas de Bento Gonçalves e duelava com a artilharia imperial, os farroupilhas foram cercados pelas tropas do "vira-casaca" Bento Manuel (ora Farroupilha, ora Imperial), o qual acabou atacando os farroupilhas de forma violenta, sendo assim, tiveram que aceitar o acordo oferecido por Bento Manuel, que oferecia anistia para se renderem, Bento Gonçalves, sem ter alternativas, acabou aceitando a rendição.

Bento Gonçalves, Onofre Pires e outros militares de patente importante foram capturados, a anistia foi concedida apenas aos soldados sem patente. Com a prisão de Bento Gonçalves, o retirou do combate, ate a fuga do mesmo do Forte do Mar, na Bahia, em 1837.

Mas a Guerra continuara agora sob o comando do General Netto assumiu o comando militar e Gomes Jardim a presidência da republica. Bento Gonçalves nasceu em Triunfo, e acabou sendo preso na mesma cidade.


 Fonte : Dpto Jovem 25a. RT.

Plano Municipal de Cultura aprovado não é o nosso plano

No dia 21 de outubro, tivemos mais um embate na luta para que nossa cidade tivesse um Plano Municipal de Cultura. Depois de 3 anos de trabalho intenso e de o texto ter ido para a Câmara sem as metas, compusemos um acordo entre todos os partidos e vereadores e conquistamos o melhor texto naquele momento.


O plano que foi aprovado unanimemente, na tarde de 13 de julho, por todos os partidos e vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, sofreu diversos vetos pelo prefeito José Fortunati, num claro desrespeito ao acordo consagrado.


Voltando para a câmara, alguns vetos foram derrubados, e um deles, o mais importante, pois trata de orçamento para a cultura, mesmo ela sendo o terceiro item de opção dos porto-alegrenses no Orçamento Participativo e sem o que nada se constrói, não foi aprovado.

O Plano aprovado  é um arremedo de plano municipal de cultura. Não é aquele que foi feito à várias mãos, pela sociedade civil, conselho e gestor. Mesmo que tivéssemos aprovado todas as nossas emendas e derrubado todos os vetos, queremos sinalizar que também não seria o nosso plano, pois o seu texto aprovado foi modificado pelo Executivo,  à revelia da sociedade porto-alegrense.


Mesmo assim, na certeza de que já obtivemos um avanço, incluindo Porto Alegre no Sistema Nacional de Cultura, cumprimentamos todos, que lutaram conosco, chamando já para a luta que continua.


Lutaremos até conseguir realmente aprovar, nas revisões previstas para o PMC POA,  um texto mais fiel e de acordo com o que foi construído a partir de 9 conferências de cultura, 18 anos de demandas represadas e que o gestor simplesmente ignorou.


A oportunidade para expressar aos gestores, comunidade cultural e imprensa, a nossa insatisfação por esse texto aprovado, será na 10ª Conferência Municipal de Cultura, que se avizinha, onde novamente nós todos  juntos e unidos continuaremos nossa luta pela verdade, ética e democracia, pois não desistiremos dos nossos sonhos!


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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Visão de uma Paraibana sobre o Acampamento Farroupilha

 


...NA VISÃO DE UMA PARAIBANA

180 anos da Revolução Farroupilha – uma experiência multissensorial vivida por uma filha da Paraíba em terras gaúchas

Por Viviana Florentino Guerra

Desde que me entendo por gente, tenho fortes lembranças do quanto a cultura e a tradição gaúcha me fascinam. Eu era bem pequena, quando vi na TV, não lembro em que ocasião, a imagem de um gaúcho pilchado e uma moça vestida de prenda. Jamais esqueci daquela cena: o homem sobre um cavalo, manobrando com maestria um laço, a camperear atrás de um novilho. Veja bem: não lembro de detalhes que poderiam ser importantes para justificar um relato como esse. Porém, a imagem do homem ostentando lenço vermelho envolto em seu pescoço, bombachas, laço em punho emoldurando um semblante obstinado, bem como a imagem da moça bonita, de longos cabelos negros, trajando um longo vestido enfeitado com bicos de renda, mangas longas, até o punho, fechado até o pescoço, acompanhando com o olhar aquele moço no cavalo, coberta de recato, jamais apagou-se de minhas memórias. Quando adolescente, durante férias de junho, meu companheiro de tardes chuvosas era o Érico Veríssimo e seu O Arquipélago, que confesso, naquela época, embora tenha gostado da narrativa pouco compreendi sua profundidade, o que não diminuiu minha paixão pueril. Anos mais tarde, já adulta, amadureci-a com a leitura dos primeiros livros de sua trilogia, O tempo e o vento. A partir de então, a essência gaúcha fez em minha alma morada para sempre.

Porém, nunca consegui entender o por quê de tamanha paixão. Eis que chegou a hora de compreender o sentido desse sentimento grandioso. E para tanto, fiz uma experiência multisensorial durante os últimos três dias da festa em comemoração aos 180 anos da Revolução Farroupilha.

Ao adentrar no Parque Harmonia, local do evento no centro de Porto Alegre, uma sensação de minuano me rodeando já prenunciava o que eu encontraria (ou reencontraria?) naquele lugar: os piquetes, o cheiro de churrasco, as cores dos lenços ostentados nos pescoços dos gaúchos pilchados, vestindo bombachas e botas enlameadas -e, me desculpem aqueles que discordam, mas eu achei que deu um charme a mais ao cenário -, as cintas, rastas, boleadeiras, guaiacas, malas-de-garupa, ponchos coloridos, tiradores, chapéu de barbicacho, rebenques e esporas, chiripás e, claro, a cuia de mate passando de mão em mão nas rodas de conversa. Conversas estas que abordavam muitas vezes as razões que levaram aquele povo à proclamar uma república, depois de desafiar um império inteiro e seus desmandos, que, quando contextualizadas à situação atual, compreende-se facilmente porquê aquele povo tornou-se uma forte referência quando o assunto é bravura, luta, justiça e determinação na defesa dos costumes e interesses de suas gentes.
É notório o orgulho daquela gente sobre suas tradições e o que conseguiram com sua obstinação: preservar uma tradição durante décadas a fio, a ferro e fogo. Há quem pense e diga com todas as letras que os gaúchos comemoram uma guerra que nunca ganharam. Penso eu, e a história não me deixa mentir, que a guerra farrapa, de fato, não teve o êxito desejado por alguns de seus líderes, e até mesmo de muitos gaúchos saudosos. Porém, uma coisa é certa a meu ver, e nesse ponto, a história comprova meu ponto de vista: a ousadia e a coragem em desafiar um império e demonstrar sua insatisfação com o tratamento dispensado à porção mais ao sul do Brasil é coisa pra tomar-se como exemplo pelas lideranças populares e culturais dos demais estados em toda e qualquer época. Uma coisa eu garanto: outra seria a visão que teríamos de nós mesmos e sobre nossa identidade cultural, nossos valores e nossa representatividade política e social no mundo, tal como ocorre com o povo gaúcho, como bem descreve o trecho do Hino Rio Grandense:

"Como a aurora precursora
o farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade(...)

(...)Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra"
Outra coisa que impressionou-me bastante: ô povo hospitaleiro, viu?! Antes de minha viagem concretizar-se ouvi comentários maliciosos sobre o humor do gaúcho, sobre a maneira hostil que trata os visitantes, em especial nordestinos como essa que vos escreve. Quão surpresa eu fiquei, ao ser apresentada às inúmeras pessoas que prestigiavam a festa como uma paraibana que estava ali para conhecer a tradicional festa farroupilha, sendo recebida com largos sorrisos abertos de satisfação, sinceros e respeitosos, muitos conhecedores de minha terra natal, admiradores da cidade onde nasci, de sua cultura e tradições, de seus sabores e cheiros, de sua musicalidade e clima, a darem-me as boas-vindas, acolhedores e receptivos, assim como meus conterrâneos. Nem de longe aquelas pessoas pareceram as descritas nos agora esquecidos e dispensáveis comentários negativos que ouvi.

com Cícero Augustus Chemin

Conheci personalidades fantásticas. Grandes expoentes da cultura gaúcha como o Lobisomem, um senhor vestido à caráter com quem tive o prazer de conversar por cerca de vinte minutos e tomar uns tragos da saborosa cachaça de butiá, ouvindo música gaudéria. Sua solicitude e receptividade foram tamanhas, a ponto de fazer questão de posar para uma foto. Um feito memorável para alguém que acabara de chegar de tão longe. E o que dizer da receptividade do senhor Jader Leal? Um artista da terra que compõe e canta suas tradições encantando pessoas como todos no Rio Grande. Tive a sorte grande de prestigiar seu show na primeira noite que cheguei à festa e sorte maior ainda de poder cruzar seu caminho casualmente e assim, pessoalmente, dar-lhe os parabéns, claro, registrando o momento para a posteridade. Como não poderia ser diferente, o artista foi solícito e receptivo, com misto de grande humildade e orgulho, aceitou os elogios pelo seu trabalho.

Com Jader Leal
Outra admirável figura a quem fui apresentada e que me deu enorme prazer em trocar muitas boas idéias sobre as tradições gaúchas, dando-me uma visão ainda mais ampla daquele universo para mim tão singular através de seu espírito crítico e aguçada percepção foi o senhor Léo Ribeiro de Souza, com quem tive a honra de sentar à mesa e apreciar um fabuloso costelão 12 horas assado no fogo de chão pelo Senhor Reginaldo, outro grande conhecedor das tradições tanto gaúchas como nordestinas. Além da excelente comida, compartilhamos um mate e boa parte da tarde foi para somar conhecimento e cultura com a troca de idéias comuns e até divergentes.

com Léo Ribeiro de Souza
Sobre a gastronomia: eu que nunca pensei que espinhaço de ovelha fosse algo de se comer, comi que lambi os dedos. Literalmente. Comemos, eu e meu guia mui especial, o Senhor Cícero Augustus Chemin e a minha conterrânea, Giuliana França, paraibana de nascimento mas gaúcha de coração, já há quase dez anos vivendo em Porto Alegre e muito feliz, diga-se de passagem. Sem cerimônia nem fricote, degustamos com as mãos os saborosos pedaços de espinhaço de ovelha servidos no almoço no piquete da DMLU, acompanhado do tradicional arroz carreteiro. Ai, ai... coisa bem boa!! Não há como não sentir-se em casa em ambiente tão hospitaleiro e acolhedor. Eis aí, a resposta que vim buscar; o motivo para tamanha paixão está na hospitalidade, na acolhida, na receptividade do povo gaúcho com "todos os gaúchos de todas as querências".
com minha conterrânea Jiuliana França

Dos monumentos: o Laçador é como um Colosso de Rodes gaúcho, que recepcionou-me bem à moda gaudéria, desafiando a chuva que vinha medonha e teimou em concentrar-se em terras gaúchas, conferindo uma atmosfera ainda mais bucólica e "veríssima" à minha experiência. O Monumento às Cuias é intrigante e belo ao mesmo tempo. Esse utensílio feito de cabaça que cabe numa palma de mão, com formato de seio (ou têta) anda de boca em boca nas rodas de conversas ou faz companhia àqueles gaúchos em sua peculiaríssima solidão, desde remotos tempos, sendo este um costume introduzido pelos índios que habitavam aquelas terras quando da ocupação jesuítica tem um monumento dedicado à sua presença no cotidiano gaúcho.

Monumento ao Laçador
Das inúmeras pessoas que conheci, gostaria de agradecer especialmente à Carla Sigal, e ao Senhor Reginaldo, casal que recebeu-me muitíssimo bem em seu piquete, onde pude ouvir tanto elogios à minha terra quanto boas e valiosas histórias sobre as tradições gaúchas, que não só impressionaram-me como também enriqueceram meu imaginário e experiências ali vividas de corpo, alma e coração. Carla gentilmente cedeu algumas de suas imagens para compor este relato.
Viver a festa farroupilha é sentir-se inteira dentro da trilogia do Veríssimo. É ter seus poros invadidos pela história. É absorver cultura campeira de forma insólita, impensável. É compreender o gauchismo na sua essência. E respeitá-lo e admirá-lo ainda mais. Com alma e coração independente de onde estes cheguem, a vontade é não ir mais embora. Rio Grande, majestoso e formidável encantador de pessoas: voltarei ao teu regaço. E, capaz de não te largar mais!
 
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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

SEDAC realizou audiência pública, sobre pró cultura

VIA BLOG  ROGERIO BASTOS
"É meu dever, como Secretário da Cultura, agradecer a quem ontem, apesar do dia chuvoso, esteve presente na Audiência Pública que fizemos para ouvir a comunidade cultural. Da mesma forma, quero convidar/convocar quem não pode ir ou quem não mora em Porto Alegre para que participem pela Consulta Pública on line, que está na página do Pró-Cultura, e que vai até o dia 15. Queremos entrar no 2016 com um Sistema Pró-Cultura mais moderno, mais atualizado e mais justo socialmente" - Escreveu em seu facebook oficial o secretario de estado da cultura, Victor Hugo.

Ontem, dia 08 e outubro, aconteceu a audiência publica que discutiu o sistema estadual e unificado de apoio e fomento a atividades culturais, no auditório do CAFF, no centro administrativo do estado.
Foram apresentadas sugestões para fazerem parte de um contexto de consulta pública, presencial e virtual, sobre a formação de um plano estadual de cultura. Mas tiveram itens que foram unanimes para quem trabaLha na área: A cobrança indevida e dupla de impostos no FAC (tira nota para receber o "premio" e tem que pedir notas para cada prestador de serviço, ou seja, duplicidade) e a questão dos 25% da LIC que dificulta a captação de recursos.
Outro consenso é que essa discussão deveria ser maior, prolongada, ajustada as discussões das conferencias municipais de cultura, que tramitam na Assembleia Legislativa do estado, ainda. O instituto de Arquitetos do Brasil, disse temer que a precipitação coloque em risco a legitimidade social e politica da qual se goza atualmente.
 
Guimarães Presidente  Conselho Municipal de Cultura
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Acampamento Farroupilha de Porto Alegre premia destaques


via blog  ROGERIO BASTOS
Os organizadores do Acampamento Farroupilha 2015, na noite de terça-feira, 6 de outubro, reuniram na Casa do Gaúcho representantes dos projetos culturais desenvolvidos durante o evento. O objetivo foi fazer a entrega dos diplomas, medalhas e troféus às entidades que se destacaram na realização de suas atividades durante o evento, que aconteceu de 7 a 20 de setembro no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.
O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Manoelito Savaris, em seu pronunciamento destacou a importância de todos para o sucesso do evento, que nesta edição recebeu 1,2 milhões de visitantes.

No total, foram realizados 372 projetos culturais, dos quais 84 receberam nota máxima. Confira os vencedores:

Troféu Nota Dez de melhor Apresentação Cultural de Oficina Culinária: Tropilha Crioula (1ª RT).

Troféu Nota Dez e o troféu Destaque Comunitário: PQT Galpão da Nacional Gás (Acampahr).
Troféu Nota Dez e o Troféu Destaque Originalidade: PQT Laços de Sangue (Aspergs).
Troféu Nota Dez e o Troféu Destaque Campeiro: PQT Crioulo Menna Quevedo (1ª RT).
Troféu Nota Dez e Troféu Destaque Especial: PQT Lendas do Sul (1ª RT).

Entidades campeãs dos projetos culturais:

Troféu Nota Dez e Troféu David Canabarro (5º lugar): PQT Vento Sul (1ª RT).
Troféu Nota Dez e Troféu Gomes Jardim (4º lugar): PQT Rincão Gaudério (Acampahr).
Troféu Nota Dez e Troféu Giuseppe Garibaldi (3º lugar): CTG Lanceiros da Zona Sul (1ª RT).
Troféu Nota Dez e Troféu Antônio de Souza Neto (2º lugar): PQT Rancho do Tininho (1ª RT).
Troféu Nota Dez e Troféu Bento Gonçalves (1º lugar): 35' CTG (1ª RT).

Os Projetos Culturais do Acampamento Farroupilha tiveram como coordenador Celso Guimarães da Silva; como diretor, Leandro Riva; e como secretária, Carolina Luccas.

Fotos Jeandro Garcia
Tv Tradição
Fonte: sandra Veroneze

Princípios dos movimentos - Segundo Jarbas Lima


via blog  ROGERIO BASTOS


Segundo Alain Touraine, todo movimento social precisa definir-se em relação a três princípios: o da identidade, o da oposição e o da totalidade.

Pelo princípio da identidade, todo movimento social tem que assumir uma identidade, reconhecível aos olhos do público em geral e de seus próprios participantes. Nesse aspecto o movimento social se identifica, ou como porta-voz de um setor determinado da sociedade (operários, estudantes, mulheres, etc.), ou como defensor dos interesses de toda a sociedade (um movimento patriótico, nacionalista ou tradicionalista).

Pelo segundo princípio, o da oposição, o movimento social se distingue por defender valores não reconhecidos zela totalidade da sociedade. Se todos os membros da sociedade os reconhecessem, não faria sentido o movimento caso em análise, o MTG não foi necessário quando os valores por ele defendidos estavam amplamente institucionalizados na sociedade Rio-grandense.

A enorme Difusão cultural vivida no presente século, é a grande confusão mental que provocou em nossos meios, criaram o ambiente social propício para o surgimento de um movimento voltado para a preservação daquela que deu consistência e vitalidade à sociedade gaúcha quando de sua formação. É natural que o MTG enfrente, pois, resistências, obstáculos, forças de inércia que o desafiam. Como tal precisa vencer esta espécie de oposição, apatia ou indiferença. Se o MTG não tivesse adversários, deixaria de existir enquanto movimento, para se transformar numa instituição estabelecida, perdendo sua característica fundamental de movimento que é o de angariar adeptos.

Pelo princípio da totalidade, o movimento precisa justificar sua ação com base em valores superiores e em ideais universais que tenham por base uma filosofia de vida. Para persistir um movimento, precisa guardar estreita correspondência entre seus objetivos e as intenções mais correias e elevadas que se possam adotar. Segundo Touraine, os movimentos são o "lugar" estratégico onde se renovam e explicitam os valores da sociedade. Lutando por sua preservação, os movimentos atuam como agentes inovadores, podendo organizar a ação coletiva e influenciar a história de uma sociedade. Ao estudaras sociedades modernas industriais ou pós-industrais, muitos autores colocam os movimentos no centro da análise das mudanças sociais.

Fases dos movimentos


Os movimentos sociais costumam passar por quatro fases desde seu surgimento até alcançarem uma organização consolidada. A primeira é a fase da inquietação social quando as pessoas estão ansiosas por alcançarem aquilo que um dia será objetivo do movimento, agem descoordenadamente, são sensíveis aos apelos e sugestões dos "agitadores".

A segunda é a da excitação popular onde predomina ainda a desorientação, mas já começam a surgir noções bem definidas quanto aquilo que o movimento se propõe. Nesta fase os líderes gozam de grande prestígio no grupo e atuam como profetas ou reformadores carismáticos.

A terceira é a fase da formalização, na qual o movimento passa a ter uma forma definida como organização, cria normas, estabelece diretrizes, estratégias e disciplina. Os líderes nesta fase atuam como dirigentes políticos.

Na quarta fase, a da institucionalização, o movimento solidifica-se enquanto organização duradoura tem um corpo de militantes permanentes e dispõe de uma estrutura para atingir os seus objetivos. É a fase em que os líderes são exigidos como administradores. Será interessante observar esta teoria do desenvolvimento dos movimentos por etapas para observar a evolução do MTG e avaliar o seu grau de amadurecimento até o presente momento.

Os autores que estudam a sociologia dos movimentos consideram que eles dependem de alguns mecanismos sociais indispensáveis. O movimento sempre tem necessidade da agitação. É a agitação que sensibiliza as pessoas e as predispõe a integrarem-se ao movimento. No movimento deve estar presente também o "esprít de corps" que leva os participantes a desenvolverem o espírito de camaradagem. Faz desaparecer os sentimentos de estranheza ou indiferença e conduz à cooperação.

De outro lado, nenhum movimento persiste sem apoiar-se em aspectos morais que lhe dêem legitimidade, vitalidade e solidariedade na adversidade. Nenhum movimento pode prosperar sem uma ideologia grupal. É a filosofia do movimento que deve ter respeitabilidade, prestígio e apelo popular.

Finalmente, o movimento necessita de estratégias que garantam o recrutamento de novos adeptos, a conservação dos que já a ele pertencem e a busca dos objetivos que se propõe, estas considerações podem servir de instrumento para se analisar o MTG e se verificar se estes mecanismos sociais se encontram presentes em sua trajetória, conferindo solidez a sua configuração.

Tendo em vista que a sociedade Rio-grandense tem como uma de suas características acentuadas o que denominamos senso de modernidade, é natural que ela tenha se transformado e se tomado contemporânea do mundo em termos gerais pode-se dizer que o Rio Grande está realizando valentemente a sua transição do estágio agro-pastoril para o industria e pós industrial.
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domingo, 4 de outubro de 2015

Baile Aniversário CTG Chimangos

Ontem, 03/10/15 estivemos na companhia de Norberto, Vera, Marisa, Eloi , Rejane Salvalaggio, Luis e Valéria no baile comemorativo aos 31 anos  dessa prestigiosa entidade tradicionalista de Porto Alegre fundada pela Família Callegaro.
Tivemos apresentações das invernadas mirim e juvenil logo após  de um suculento costelão e acompanhamentos de primeira , o baile foi comandado pelo Conjunto Gylnei Bertussi e os Bertussi -Nova Geração, que abrilhantaram o evento que lotou o Galpão do CTG Chimangos.
Também revimos vários amigos e a noite transcorreu de forma perfeita, boa comida, boa música e boas companhias.

Paulo Guimarães
Editor do Jornal Virtual Chasquepampeano