quinta-feira, 28 de julho de 2011

SMC E CMCPOA ABREM EDITAIS PARA FORMAÇÃO DO CONSELHO BIÊNIO 2011/2013

ESTÃO ABERTOS DOIS EDITAIS PARA AS REGIÕES DO OP E ENTIDADES CULTURAIS INDICAREM OS CONSELHEIROS  QUE INTEGRARÃO O CMC/POA NO BIÊNIO 2011/2013
                                                  
A Secretaria Municipal de Cultura e o Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre comunicam a abertura de dois Editais com a finalidade de compor a formação do Conselho para o biênio 2011/2013.
                                                 O Edital 01/2011 convoca as 17(dezessete) regiões do Orçamento Participativo da capital, para que escolham, em suas comissões de cultura ou núcleos de cultura, um titular e um suplente para representá-las no CMC/POA. As comissões de cultura deverão eleger seus representantes, com uma Ata da Reunião e, após fazerem a indicação, devem referendá-la no FROP – Forum Regional de Delegados do OP. Após o referendum, deverão as regiões encaminhar as indicações, no período de 1º  a 26 de agosto, na Sala do Conselho Municipal de Cultura, 6º andar da Usina do Gasômetro, Av. Presidente Goulart, 551, centro histórico, no horário da manhã, das 9 às 12 horas.
                                            Já o Edital 02/2011, abre prazo para as Entidades Culturais com atividade cultural comprovada no município, para que se cadastrem, ou recadastrem, atualizando seus dados,  no prazo de 1º a 26 de agosto,  com o objetivo de compor o Conselho Municipal de Porto Alegre, nos segmentos de Artes Visuais, Cinema, Vídeo e Foto, Artes Cênicas, Livro e Literatura, Música, Patrimônio Cultural, Folclore e Tradicionalismo, Carnaval, Humanidades, Hip Hop, Dança e Pontos de Cultura.
                                           Para tanto, as entidades culturais deverão ingressar no protocolo  central da PMPA, Rua Sete de Setembro, 1123, 2º andar, com cópia autenticada dos seguintes documentos: Requerimento padrão ao Secretário Municipal da Cultura, à disposição no local para ser preenchido; cópia autenticada do  ato constitutivo da entidade, com as alterações que houverem e cópia autenticada da ata da última eleição de diretoria. 
                                     Os Editais citados, que atendem as determinações legais das Leis 399/97, Lei 660/2010 e Decreto 11738/97, estão à disposição, com seus anexos e legislação correspondente, no site: www.portoalegre.rs.gov/smc  , em Editais. Maiores informações pelo email: descentralização_smc.izabel@hotmail.com  e no telefone (051) 96665056, com Izabel Franco, Secretária Geral do Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre. 
Relese: 3/2011-CMC/POA - Elaborado por: IZABEL FRANCO     

DOCUMENTAÇÃO PARA SEGMENTOS:





DOCUMENTAÇÃO PARA AS 17 REGIÕES DO OP


terça-feira, 26 de julho de 2011

SALADEIRO SÃO MIGUEL: uma charqueada passo-fundense.

 

        Em 1914 a firma J.J. Magalhães & Cia. iniciou as atividades saladeris em Passo Fundo, tendo como local escolhido para a sua implantação a região conhecida como Umbu, próximo a Pulador.

Estando a cidade de Passo Fundo geograficamente situada na região do Planalto Médio e no interior do Estado, ou seja, sem litoral e observando que o modo tradicional e mais utilizado de escoamento da produção na época era o marítimo, seja pelos gastos com os fretes ou pela dificuldades do transporte rodoviário ou a pé, que emagrecia o gado e que era moroso, era preciso buscar outra forma de escoar a produção da charqueada passo-fundense.

Assim, para solucionar este problema o Saladeiro de São Miguel foi estabelecido às margens da linha da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, isso facilitou a distribuição de seus produtos para o seu mercado interno e consumidor do centro do país.

Ainda não se pode esquecer de outro fator importante para a constituição de uma charqueada interiorana e fora do eixo principal – no caso, fronteiriço e litorâneo no Estado: a grande quantidade de gado aqui existente, aproximadamente 65.000 cabeças.          

No contexto geral, a indústria saladeiril alternava momentos de prosperidade devido à queda dos preços ou a falta do produto no mercado interno do país e a consequente demanda do mesmo com períodos de crise, reflexo de uma economia fraca e dependente do centro, que enxergava na figura do café o único produto forte e de comercialização no exterior. Entendia-se que o charque gaúcho era apenas um alimento considerado de subsistência e que deveria ter um valor acessível à grande massa da população.

No que diz respeito ao Saladeiro de São Miguel, a sua produção na fase inicial foi de aproximadamente 10 mil cabeças de gado abatidas anualmente e exportadas para os principais centros como Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Saladeiro comercializava em média 850 mil quilos de charque por safra, uma soma nada inexpressiva para uma empresa, que no início, era basicamente artesanal, não era provida de luz elétrica, nem água encanada e que dependia das linhas do trem para escoar sua produção.

Anos mais tarde, houve a ampliação da empresa, com a adesão na sociedade do pecuarista Jonathas Waihrich e do investidor Domingos Lopes, época em que a charqueada passou a ser denominada como Magalhães, Lopes & Waihrich.

Após essa união e a ampliação do seu poderio econômico, o Saladeiro de São Miguel passou por um processo de modernização e ampliação de suas instalações, tudo isso visando qualificar o estabelecimento diante dos concorrentes e ainda acompanhar o processo capitalista de produção que estava em andamento no país.

A partir de então, passou-se a investir no Saladeiro em maquinarias tais como, caldeira de pressão, motor para serra, trole, motor para fornecedor de luz, dínamo com correias, guincho, serra circular, depósito de ferro para água, motor para puxar água, manômetros, depósito de vapor, ferraria completa, carroças com quatro rodas, entre outros.

No ano de 1927, Passo Fundo estava em 15º lugar no Estado em quantidade de bovinos com um rebanho de aproximadamente 196.500 cabeças de gado, contudo, o Saladeiro de São Miguel também sofria com a crise, pois a mesma trouxe a diminuição da procura do produto. Ocorre que o charque estava se acumulando, e parado em seu estabelecimento, onde as pilhas só aumentavam. Esse era o primeiro indício de prejuízos na indústria charqueadora e consequentemente do Saladeiro.

Mas o desfecho para a charqueada passo-fundense seria outro. Em meados de dezembro de 1931, à meia noite, após a passagem do trem de passageiros o Saladeiro de São Miguel incendeia e as chamas o consomem por completo. Neste fatídico episódio de destruição são perdidos maquinários, casas, equipamentos e todo o depósito de charque que possuía em seu estabelecimento. Segundo relatos, o fogo teria iniciado com as fagulhas do trem de passageiros que por ali passara.

Assim, o entreposto comercial saladeiril de São Miguel decreta a sua falência no ano de 1932, e põe a leilão o que restou de sua estrutura, como terras e imóveis, pois era necessário pagar o sinistro para que os seus proprietários recebessem o valor da apólice de seguros que haviam feito há aproximadamente um ano antes do acontecido.

Quanto à vila que existia ao redor do Saladeiro e ao entreposto comercial, composto por depósito de madeiras, moradias, armazéns que ali existiam, foram gradativamente se extinguindo como as chamas que consumiram com a empresa comercial ou indústria saladeiril que antes se situava naquele lugar.

 

 

Daniel Ricardo Damiani

Acadêmico do Curso de História

Imagem: Funcionários do Saladeiro São Miguel

Acervo particular João Carlos Wahrich Neto

Fonte: Acervo AHR

 

 

COLABORAÇÃO HILTON ARALDI - PASSO FUNDO

 

 

Sulgás lança edital para seleção de projetos socioculturais e esportivos

 
A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul  (Sulgás)  lança, nesta segunda-feira, (25), o Edital 01/2011 para Seleção Pública de Projetos do Programa Sulgás de Patrocínio Sociocultural e Esportivo 2011. Serão aceitos projetos nas seguintes categorias: Culturais, aprovados pela Lei Rouanet (Lei 8.313/91) e do Audiovisual (Lei 8.685/93), nos termos do art. 18 do diploma legal; Esportivos, aprovados na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei 11.438/06); e Sociais, voltados à inclusão e promoção social, habilitados nos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente e Lei da Solidariedade (Lei Estadual 12.022/03).
As inscrições são gratuitas e estarão abertas de 25 de julho a 15 de agosto de 2011. Os interessados deverão encaminhar a documentação solicitada no edital à sede da Sulgás, localizada na Rua Sete de Setembro, 1069/5º andar, Centro Histórico, CEP 90010-191, em Porto Alegre/RS. Os envelopes podem ser entregues pessoalmente, das 9h às 12h e das 14 às 17h, ou pelo correio com AR.
O edital e seus anexos estão disponíveis aqui.
Mais informações pelo telefone (51) 3287-2200 ou pelo e-mail: comunicacao@sulgas.rs.gov.br.
Texto: Liliana Faguaga Rauber – Asscom Sulgás
 
Guimarães Presidente  Conselho Municipal de Cultura
F: 3026.6777 / 9987.5880
Twitter Guimarães:http://twitter.com/notas_guimaraes
Blog Conselho POA:http://cmcpoa.blogspot.com

terça-feira, 19 de julho de 2011

Convite Lançamento livro: Hildebrando de Freitas : Herói Farroupilha

Do Prefácio da Obra:
Precisamos de uma revolução
Que abra as portas da História,
Que hasteie outra bandeira,
Que glorifique seus verdadeiros heróis!


O livro contará esta aventura, em seu lançamento:
Dia 25 de julho, predio 9 da Faculdade de  Arquitetura, às 16:30.

EDIPUCRS lança obra sobre heroi farroupilha Hildebrando de Freitas
A Editora Universitária da PUCRS (Edipucrs) lança na próxima segunda-feira, 25 de julho, a obra Hildebrando de Freitas: Heroi Farroupilha, organizada pelos autores Édison Hüttner (professor da Faculdade de Teologia), Ana Laura de L. Leitzke e Tiago Soares Rios, diplomados em História pela Universidade. A história do Padre Hildebrando de Freitas Pedroso é inédita, com documentos raros encontrados desde 1815, no Rio de Janeiro, Bagé, Alegrete, Camaquã, Porto Alegre e outros lugares.  Traz ao público a figura do heroi farroupilha e seu painel, cujas cores e desenhos são fontes da atual Bandeira do Estado.
O lançamento, com sessão de autógrafos, será às 16h30min no saguão do prédio 9 do Campus (avenida Ipiranga,6681 – Porto Alegre). O evento contará também com apresentação cultural.
Saiba mais
Um padre participante de batalhas da Revolução Farroupilha fez um painel que pode ter inspirado o brasão da bandeira rio-grandense. Esse fato pouco difundido sobre Hildebrando de Freitas Pedroso mesmo entre historiadores e conhecedores da cultura gaúcha motivou o professor da Faculdade de Teologia Ir. Édison Hüttner e os diplomados em História – Licenciatura e bacharelado pela PUCRS Ana Laura de Lamare Leitzke e Tiago Soares Rios a pesquisarem sobre ele. As investigações geraram impacto e o padre foi incluído desde o ano passado como um dos personagens destacados na Semana Farroupilha.
"Padre Hildebrando é um heroi sem trajetória conhecida", destaca Hüttner. Ele lembra que a criação da bandeira do Estado teve várias contribuições, pois o final do século 19 foi de exaltação do imaginário rio-grandense em lenços e painéis. Os símbolos maçônicos, como as duas torres, levariam a supor que a autoria do desenho não seria do padre, mas esses elementos faziam parte da identidade cultural da época. Os pesquisadores acreditam que o brasão rio-grandense foi inspirado no desenho dele, recebendo a arte final do major Bernardo Pires, que pertencia à Maçonaria. José Mariano de Matos fez o plano da bandeira. Outras fontes indicam distintos autores. Manoel Lobo Ferreira Barreto diz que a bandeira teria sido confeccionada antes da Revolução, em Buenos Aires, por Tito Lívio Zambecari.
Chama a atenção no painel, que está preservado no Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, a presença de representantes de etnias formadoras do Estado: indígena e negra. As algemas quebradas significam o ideal abolicionista. O cocar é um dos elementos que se destacam, raro nessas iconografias. "O padre desenhou uma das mais belas e notáveis representações de nosso Estado, num painel que ainda não é conhecido pelas pessoas", afirma Ana Laura.
Padre Hildebrando nasceu em Viamão, em 1807, e fez cursos superiores no Rio de Janeiro. "Voltou com ideais libertários e aderiu à Revolução Farroupilha", comenta Rios. O presidente da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, Manoelito Savaris, diz que Hildebrando se engajou na causa, desempenhando papel importante no momento final da Revolução, quando foi debatida a Constituição farrapa na terceira capital, Alegrete. "Ele ficará para sempre na galeria dos líderes farroupilhas Resgatar sua história pessoal é tarefa complicada, mas não impossível para os pesquisadores."
Para recompor os passos de Hildebrando, Ana Laura, Rios e Hüttner fizeram pesquisa bibliográfica e percorreram museus e a Biblioteca Central da PUCRS. Em Camaquã, descobriram que o padre batizou Caetana e Leão da Silva, netos de Bento Gonçalves. No Cemitério da Santa Casa, na Capital, se surpreenderam com a simplicidade do local onde está sepultado o corpo do religioso, sem identificação, com apenas um número inscrito numa cruz enterrada.


Bianca Garrido Dias
Jornalista
Assessoria de Comunicação Social
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