segunda-feira, 30 de abril de 2012

CTG Brazão do Rio Grande no Tempo e o Vento

 


 
CTG Brazão do Rio Grande no Tempo e o Vento

Cinco casais da Invernada Veterana do CTG Brazão do Rio Grande e seu instrutor Diego Muller foram escolhidos pela produção da Rede Globo para participarem das filmagens da minisérie O Tempo e o Vento, em Bagé-RS. Se encontram no set de filmagens da Globo, naquela cidade, os casais canoenses Roberto e Iara Muller, João Aquino (Juca) e Marina, Marcos e Francine, Paulo Costa e Marta e o patrão Leandro e sua esposa Eni. Em anexo uma fotografia do grupo tricampeão de Vacaria/2012, onde estão os casais mencionados e o posteiro Diego Muller.
Abraços.
Édson Zimmermann, Conselheiro do CTG Brazão do Rio Grande (telefone 91296691)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Guilherme Schultz Filho - 29/04 - 36 anos de seu falecimento

 



 
29/04/1976 - Falecimento de Guilherme Schultz Filho

Dr. Guilherme Schultz Filho

Guilherme Schultz Filho

Nasceu na Vila de Santa Terezinha, distrito de São Bento (perto da colônia dos Esteris), no município de Carazinho, no dia 02 de abril de 1911.

Filho de Guilherme Schultz (médico alemão de Westphalia) e bandoleiro da Revolução de 1923 - (como ele sempre dizia) e de Ponciana Fiúza Schultz. Casou Guilherme Schultz Filho com a senhora Maria Borges de Almeida Peres Schultz, não tiveram filhos.

Bacharel pela Faculdade de Direito de Pelotas no ano de 1936. Advogou em Porto Alegre. Foi diretor do serviço Estadual de Turismo em Porto Alegre no ano de 1963 a 1967.

Foi membro do Conselho Estadual de Cultura em Porto Alegre no ano de 1969. foi poeta, orador, historiador, conferencista e jornalista. Usou os pseudônimos de Mariano, Xirú, e mais tarde Chiquinho da Vovó.

Foi membro da Academia Sul Riograndense de Letras; do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul; da Estância da Poesia Crioula a qual presidiu; da Casa do Poeta em 1970; foi também vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, |Secção Rio Grande do Sul no ano de 1976; presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho de 1971 a 1973; Diretor do diário Popular de Pelotas.

O Dr. Guilherme Schultz Filho foi escolhido para fazer e fez um brilhante discurso saudando do Dr. Getulio Vargas, O General José Antonio Flores da Cunha, ao Sr. João Neves da Fontoura, ao Sr. Osvaldo Aranha e demais membros da Revolução de 1930, quando estes passaram em uma composição da V.F.R.G. Sul por Carazinho. O discurso foi feito na sacada do Café Farroupilha, hoje Lojas Colombo na Avenida Flores da Cunha.

Grande parte do que pensava o Dr. Schultz, deixou expresso em seus pronunciamentos de improviso, alimentados por idéias de quem percorrera os mais remotos rincões do país. Dele ficaram impressas numerosas conferências e obras as quais constituem sua bibliografia.

 
 
Pingos  

Guilherme Schultz Filho

Em cada ronda da vida
eu tive um pingo de lei.
Montado, sou como um rei,
pelo garbo e o entono.
Cavalo pra mim é um trono:
e neste trono me criei.

De piazito já encilhava
um peticinho faceiro,
que era cria de um overo
e de uma egüinha bragada:
era da cor da alvorada
o meu petiço luzeiro!

Rosado como as manhãs,
do pêlo da própria infância,
mascando o freio com ânsia,
parece que até sorria...
Chamava-se "Fantasia"
e era a flor daquela estância.

Já mocito, o meu cavalo
era um ruano, ouro nas crinas,
festejado pelas chinas
que o chamavam - "Sedutor".
Formava um jogo de cor
sob os reflexos da aurora
co'os cabrestilhos da espora
e os flecos do tirador.

Naqueles tempos de quebra,
nos bolichos, ao domingo,
sempre floreando meu pingo
todos me viram pachola
com o laço a bate-cola
e virando balcão de gringo.

O meu cavalo de guerra
chamava-se "Liberdade"!
Chomico! Ouanta saudade
me alvorota o coração!
Era um mouro fanfarrão,
crioulo da própria marca
e eu ia como um monarca
na testa de um esquadrão.

Em uma carga das feias
(como aquela do Seival)
o mesmo que um temporal
rolamos por um lançante
e até o próprio comandante
ficou olhando o meu bagual.

Homem feito e responsável,
o meu flete era um tostado,
tranco macio, bem domado,
(êta pingo macanudo!
desses que "servem pra tudo",
segundo um velho ditado.

Mui amestrado na lida,
um andar de contra-dança;
de freio, era uma balança,
campeiro, solto de patas...
Gaúcho, mas sem bravatas,
e o batizei de "Confiança"

O cavalo que encilho
nesta quadra da existência,
dei-lhe o nome de "Experiëncia".
É um picaço de bom trote
e levando por diante o lote
rumbeio à Eterna Querência.

E, assim, vou descambando,
ao tranco e sem escarcéu,
sempre tapeado o chapéu
por orgulho de gaúcho,
e se Deus me permite o luxo
entro a cavalo no céu!


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 COLABORAÇÃO HILTON ARALDI



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