segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Nascimento do Jayme Caetano Braun



O dia 30 de janeiro é considerado dos mais pródigos para a arte poética do Rio Grande do Sul. Neste dia, no ano de 1903, nascia em São Borja aquele que é considerado "O Príncipe dos Poetas" gaúchos, ou seja Vargas Netto, Patrono da Estância da Poesia Crioula. Manuel do Nascimento Vargas Netto formou-se em direito. Exerceu o jornalismo em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Foi um dos poetas mais expressivos do Rio Grande do Sul. Foi um dos poetas mais expressivos do Rio Grande do Sul.


No mesmo dia, no ano de 1924, nascia na Timbaúva, então pertencente ao município de São Luiz Gonzaga, hoje Bossoroca, Jayme Caetano Braun, considerado o maior pajador do Estado e, por esse motivo, foi instituído o "Dia do Pajador Gaúcho" conforme a Lei abaixo.

Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Sistema LEGIS - Texto da Norma LEI: 11.676
LEI Nº 11.676, DE 16 DE OUTUBRO DE 2001.

Dispõe sobre a instituição do "Dia do Pajador Gaúcho".

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - Fica instituído o "Dia do Pajador Gaúcho", que será comemorado no Estado do Rio Grande do Sul no dia 30 de janeiro, data de nascimento do poeta e pajador gaúcho Jaime Caetano Braun.
Art. 2º - O "Dia do Pajador Gaúcho" deverá fazer parte do calendário de eventos culturais do Estado.
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de outubro de 2001.

Olívio Dutra - Governador
Abaixo, um texto do também pajador Paulo de Freitas Mendonça sobre Jayme e sobre o Dia do Pajador Gaúcho:
Dia do Pajador no aniversário de nascimento de Jayme Caetano Braun
A gloriosa Bossoroca via nascer, há noventa e dois anos, o magistral poeta e pajador Jayme Caetano Braun. Tremeram os alicerces dos quatro pontos cardeais do Rio Grande do Sul, segundo as palavras proféticas do poeta Balbino Marques da Rocha. Bossoroca nesta época era distrito de São Luiz Gonzaga, por isso Braun tornou famosa a frase que ilustra o seu poema mais conhecido, o Bochincho: “não é a toa chomisco que sou de São Luiz Gonzaga”.
Braun viveu nos campos da região missioneira e lá foi bolicheiro, morou em Passo Fundo e Cruz Alta, depois migrou para Porto Alegre, onde ganhou fama, viveu até seus últimos dias e onde descansam seus restos mortais. Na capital teve como pares os mais importantes intelectuais da cultura crioula, integrou o Grupo Os Teatinos, juntamente com Glênio Fagundes e Paulo Fagundes, foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do Conselho Coordenador, que veio a se transformar no MTG, em 1966. Foi diretor da Biblioteca Pública do Estado e conselheiro de cultura do Rio Grande do Sul, além de radialista, mantendo um programa por quinze anos na mesma emissora e no mesmo horário.
No ano de 1958, durante o segundo rodeio de poetas da Estância da Poesia Crioula, em Caxias do Sul, conheceu o poeta uruguaio Sandálio Santos (Nicácio Garcia Beriso) de quem aprendeu a Décima Espinela. No congresso do ano anterior, Braun coordenava os estudos sobre as correntes da poesia crioula, dentre os temas estava o que denominaram pajadorismo. Já era um brilhante improvisador, foi o único pajador profissional durante vinte anos e conquistou por mérito o reconhecimento de ser o mais importante pajador de todos os tempos no Rio Grande do Sul. Faleceu em Porto Alegre, aos 75 anos, em 08 de julho de 1999.
Em novembro daquele ano surgiu na cidade de Sapucaia do Sul o primeiro festival de pajada intitulado com seu nome, evento vigente atualmente. Em 30 de janeiro de 2000, o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria apresentou um encontro de pajadores e declamadores em homenagem ao pajador missioneiro. No final do espetáculo, sob a euforia de um público de mais de cinco mil pessoas, tomado de emoção, proclamei que a partir daquele dia, a data de nascimento de Jayme Caetano Braun passaria a ser considerada o Dia do Pajador Gaúcho. Posteriormente encaminhei uma sugestão de projeto de lei ao então deputado Estadual João Luiz Vargas, que concordou em apresentar ao plenário, vindo a ser aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa. No dia 16 de outubro de 2001, o então governador Olivio Dutra, conterrâneo de Braun, sancionou a lei nº 11.676 que criou o Dia do Pajador Gaúcho. Hoje, a pajada passa a ser reconhecida pelos países formadores do bloco, como o primeiro Patrimônio Imaterial do Mercosul. Muito dos êxitos alcançados atualmente, deve-se a perspicácia de Braun que resgatou e resguardou por décadas uma arte genuinamente gaúcha, que até então não se reconhecia como tal, tanto que o MTG somente veio a aceitar a pajada como tradição gaúcha no ano de 2000.
Finalizo este breve texto, parafraseando o poeta Balbino Marques da Rocha e ratificando que ele tinha razão, o calendário do Rio Grande do Sul foi mudado para antes e depois de Jayme Braun. Em outubro deste ano vai completar quinze anos que é instituída por lei a data de nascimento de Jayme Caetano Braun, 30 de janeiro, como o Dia do Pajador Gaúcho.
(Texto de Autoria de Paulo de Freitas Mendonça, escrito em 30/01/2016)

domingo, 29 de janeiro de 2017

A dúvida sobre o uso do Chiripá pelos Gaúchos: fala Paixão





Buenas moçada, como vão?

Talvez hoje já estejamos acostumados a ver o Chiripá sendo amplamente utilizado pelos grupos de dança, porém ainda causaria muita estranheza caso alguém fosse visto na rua o utilizando. Agora imagine você, quando esta peça foi reconstituída pela primeira vez... "UM GAÚCHO USANDO SAIA?? MAS O QUE É ISSO CHE? ISSO NUNCA ACONTECEU!!!"

Com certeza esses comentários aconteceram.

Para tentar explicar um pouco sobre esta peça, recorremos ao livro "O Gaúcho: Danças Traje Artesanato" de João Carlos Paixão Côrtes. Todas as descrições, e maior riqueza detalhes inclusive, podem ser encontradas a partir da página 135.

“Sant’Hilaire (1820/21) fala do hábito de “ponchos grosseiros a guiza de chiripa, entre os negros”. Em torno da mesma época, um outro viajante francês, Arsene Isabelle, escreve: “O chiripa é também um tecido de lã encarnada, azul ou verde, nunca de outra cor que posto em torno dos rins, cai abaixo do joelho, como túnica”.

“Nicolau Dreys que esteve pelo largo período de 1817 a 1838 viajando pela Província de São Pedro, atendo-se ao vestuário do gaúcho, diz: “não tendo vestido senão o estrito necessário, isto é, o chiripa, pedaço de baeta amarrado em redor do corpo, da cintura para baixo; por cima do chiripa o cingidor espécie de aventar de couro cru.”

"Calde e Fião em seu romance Corsário, escrito por volta de 1851, ao descrever moços vestidos à gaúcha, descreve “chiripas com franjas”.

“Cezimbra Jacques, também dos fins do século passado, nos fala dos gaúchos primitivos usando chiripa.”

“Não podemos olvidar, o comentário feito ao final do romance O Campeiro Rio-Grandense, de João Mendes da Silva (1884), quando diz: “Chiripá – pano que os gaúchos rio-grandenses, à imitação dos orientais, passam por entre as pernas e sobre as ceroulas, indo prender na cintura. É só usado pela gente baixa, peões de estância”.

Pois bueno, se foram encontradas tantas referências quanto ao uso desta peça, fica muy claro que ela de fato existiu, e até por isso foi reconstituída e até hoje é utilizada. Imagine que este livro foi escrito na década de 70, onde a peça ainda não estava clara para todos...

Seguem abaixo todos os comentários a qual julgamos mais importantes, retirados da obra sobre esta peça, onde Paixão Côrtes descreveu com o máximo de detalhes que possuía conhecimento:

“Mas foi no ano de 1962 que os Centros de Tradições tomaram conhecimento da reconstituição do mais primitivo abrigo (da cintura para baixo) usado por aquele que se chamou de gaúcho. Mesmo em contribuições ou trabalhos enviados a Congressos Tradicionalistas, nada se registrara de parte dos estudiosos, ficando muito em apenas citações bibliográficas. Refiro-me ao chiripa primitivo semelhante a um saiote, portanto curto. Feito de fazenda, era usado por cima da calça ou da ceroula comprida. Não ultrapassava a altura do joelho, onde podia terminar ou não com pequenas franjas do próprio tecido. É passado ao redor da cintura, sendo que se trespassa lateralmente no lado correspondente à parte externa da perna esquerda, trespasse este que se faz da direita para a esquerda. Não é aberto na frente como muitos pensam. Alguns chiripas primitivos apresentam, na parte inferior, adornos discretos ao longo de todo contorno da peça. O tecido empregado ia do mais simples algodão ao melhor, dependendo das posses de cada usuário, do momento e da atividade desenvolvida, de quem o usava. No entanto sua cor era lisa e não berrante. Fixava-se à cintura por uma faixa (tipo brasileira) ou pela guaiaca.”

“Nossa apresentação em público vestindo tal chiripa definitivamente deu-se no programa trazido especialmente por Bibi Ferreira em Porto Alegre em 1962, e televisionado em tape para outras regiões brasileiras. O espetáculo chamava-se Brasil 62 e foi levado a efeito no Salão Nobre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Nessa ocasião, apresentamos danças gauchescas com o Conjunto Folclórico Tropeiros da Tradição, vestido o chiripa primitivo. O nosso aparecimento, bem como do referido conjunto folclórico, com tal chiripa, causou uma série de críticas... dado o desconhecimento visual da peça na época.”

“Este chiripa que através de nossas pesquisas trouxemos à tona a reconstituição e uso, hoje popularizado pelos integrantes dos Centros de Tradição, coincide com o Txiripá que o antropólogo brasileiro Egon Schaden se refere em sua importante obra Aspectos Fundamentais da Cultura Guarani(...)”

“O xiripá (Txiripá) indígena ou primitivo, nada tem que ver com aquela outra peça de igual nome de formato retangular, comprimento médio de um metro e meio, passada entre as pernas, por sobre as ceroulas compridas (franjadas ou não) e que se fixa a cintura pela guaiaca ou a faixa. Seu aparecimento é bastante anterior.”

“Foi conhecido também na região cisplatina da Colônia do Sacramento onde davam-lhe o nome de a la oriental ou morteiro.”

“O outro chiripá (que lhe deram o afado de farroupilha) acreditamos ser de nítida influência da região da fronteira castelhana.”

“Romangueiro Corrêa (1892) ao dicionarizar chiripá, o descreve como “vestimenta usada pelos peões de estância ou camponeses, que consta de uma peça quadrilonga de fazenda (metro e meio) a qual, passando por entre as pernas e apertada a cintura em suas extremidades por uma cinta de couro ou por uns tirados. Para fazer o chiripá pode-se empregar e usa-se geralmente, um poncho de pala.”

“Os informantes que gravamos, e aqueles que vestiram chiripa fronteiriço, nos afirmam que, embora passasse por entre as pernas, seu comprimento não era curto como os que se tem visto, mostrado por certos gaúchos de CTG. Sua característica é em traços gerais de uma fralda grande, tendo seu trespasse lateral da frente para traz.”

“Eram confeccionadas com um tecido de boa caída e geralmente de uma só tonalidade. Listras, com barras na borda do comprimento maior, eram de tecido, segundo alguns, de apala, como chamam na Argentina.”


Para ver mais fotos e mais informações, clique aqui.

Fonte: portal Estância Virtual

Desafio Farroupilha terá integração com ensino público na nova edição



CTG Tiarayu venceu o Desafio Farroupilha de 2016
(Foto: Deivis Bueno)

A quarta temporada do Desafio Farroupilha, o reality show gauchesco da RBS TV, foi lançada no Jornal do Almoço de sábado (28). Em transmissão a vivo, direto da Festa Nacional de Churrasco, em Lagoa Vermelha, a dupla César Oliveira & Rogério Melo traz os detalhes de como será o especial, que, mais uma vez, terá como tema as danças tradicionais gaúchas. A principal novidade é que, desta vez, haverá uma integração com estudantes do ensino público.


Para disputar uma das oito vagas, grupos de danças adultos podem se inscrever para o Desafio, postando fotos, textos e vídeos nas redes sociais, com a hashtag #desafiofarroupilha2017, dizendo por que merecem participar do programa, até o dia 6 de março. Podem participar dançarinos dos estilos "Enart" e "Paixão Côrtes".

A produção lembra que vale tudo para chamar a atenção de César e Rogério, os apresentadores do especial. Depois, os 20 grupos que postarem as campanhas mais abrangentes e criativas serão submetidos a uma votação popular, pelo site G1 Rio Grande do Sul, que irá escolher os oito semi-finalistas.

A segunda etapa apresentará aos selecionados um "desafio" relacionado à educação em escolas públicas, que será divulgado aos participantes no mês de abril. Os dois finalistas serão escolhidos no mês de junho, durante apresentação dos concorrentes a um grupo de jurados, no Sarau de Artes Gaúchas do CTG M’ Bororé, em Campo Bom, no dia 9 de junho.

A esses finalistas será apresentado o segundo "desafio". O grande vencedor do reality será revelado durante a Semana Farroupilha, em transmissão ao vivo. A atração será exibida em sete episódios, a partir de 12 de agosto, sempre aos sábados, no Jornal do Almoço.

"O reality conquistou espaço não apenas como programa de televisão, mas como uma contribuição e compromisso com o universo cultural de nosso estado", observa César Oliveira.

Sobre o Desafio Farroupilha
O Desafio Farroupilha começou em 2014, quando o músico Cristiano Quevedo cumpriu a missão de aprender a laçar. Na segunda temporada, em 2015, César Oliveira e Rogério Melo foram desafiados a escolher o novo talento da música gaúcha: o cantor Fernando Saccol, de Santa Maria.

Ano passado, o reality partiu para o segmento das danças tradicionais gaúchas, que, segundo cálculos do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), reúne 29 mil dançarinos em pelo menos 1,2 mil invernadas de danças. O grande campeão foi o CTG Tiarayu, de Porto Alegre, que venceu o desafio de transformar em dança uma carreira de cancha reta, tradição típica do interior do Rio Grande do Sul. O CTG Ronda Charrua, de Farroupilha, foi o segundo colocado. Já o Grupo de Artes Nativas Ivi Maraé, de São Leopoldo, foi escolhido o mais popular.


Para ver o vídeo, clique aqui.


Fonte: RBS/TV RS junto ao portal G1

10 motivos pra tu SER tradicionalista



Foto: Estampa da Tradição Fotografia

1)Amigos! O principal e maior motivo pra tu ser um tradicionalista certamente são as amizades que vais conquistar. Indiscutivelmente, as amizades conquistadas no Movimento são muito, muito fortes, já que vivenciamos dia a dia as mesmas loucuras, compartilhamos dos mesmos sonhos, e dependendo da tua participação, acaba vendo eles mais do que teus pais. Se for dançarino de Enart então... nem se fala! rsrs

2) Relacionamento familiar! Em geral, os relacionamentos familiares tendem a melhorar, ou a ficar mais tranquilo quando jovens adentram no Movimento. É óbvio que teus pais vão preferir ver tu indo a fandangos ou rodeios do que raves, baladas... E o melhor: eles podem ir nos eventos contigo, te apoiar, torcer com aquela faixa "Somos todos CTG tal...", e ao final sempre dizer que o teu grupo foi o melhor, e que certamente vai ganhar.

3) Desinibição! É comum que crianças, adolescentes, e até adultos tenham um certo problema com vergonha, timidez.. o que as vezes pode ser prejudicial nas apresentações de trabalho na escola e até na busca por um emprego. No CTG, ao longo de apresentações, oficinas, cursos de dança, etc., isso tende a melhorar, e muito. Vale fazer o teste ;)

4) Rodas de Chimarrão! Sabe aquela vontade de tomar um mate justo quando estás sozinho em casa? Pois participando de alguma entidade tradicionalista, os teus problemas acabam! É só enviar uma mensagem nos grupos do Whatsapp que sempre vai ter alguém pra tomar o mate contigo! E jogar um truco, e comer uma pipoca, e...

5) Habilidades de vendedor! Pensa só, isso pode até virar uma profissão no futuro. Se tu vais concorrer a uma vaga de vendedor autônomo, ou no comércio, é só dizer: "Participei de invernada. O que eu vendi de rifa, cartão de baile, patrocínio, é de um currículo em tanto!!!"

6) Pontualidade! Tu vais aprender que existe horário, e que ele precisa ser cumprido. Se tu vais participar de algum evento, tem o credenciamento ( e se atrasar a fila é enorme!), se vai ensaiar, o ensaio tem hora certa (e o instrutor não costuma ser muito tolerante) pra começar (mas nunca pra terminar), se tu vais participar de algum rodeio, tem 1ª e 2ª chamada... depois já era.

7) Disciplina! Aqui não tem querer fazer tudo do teu jeito. Existem normas a serem cumpridas, a pilcha precisa estar de acordo, a dança deve seguir o manual, e se fizer beiço em ir pro banco em uma dança, vai em duas. Respeito em primeiro lugar! Ser educado é essencial, lidar bem com descontos nas planilhas (as vezes é difícil), e aceitar os seus erros e os erros dos outros, querendo sempre melhorar pelo bem comum é importante.

8) Trabalho em equipe! Não digo em todos, mas em muuitos eventos da tua entidade, tu vai ter que ajudar a trabalhar. E vai ser desde arrumar o galpão no dia que antecede o evento, até terminar o mesmo. Ajeitar cadeiras, limpar o chão, fazer comida, receber os participantes... tu vais ganhar uma experiência pra vida, de como o trabalho em equipe é importante e rentável.

9) Conhecimento! Sem dúvida alguma este é um dos motivos mais valiosos. Se tu tiveres interesse, o conhecimento que tu podes adquirir é imenso. Conhecer cada cantinho do nosso Estado, se aventurar em livros de história, geografia, tradicionalismo, tradição e folclore... Entender o porquê do nosso Movimento ser assim, e a evolução com o passar dos anos, mesmo pregando sempre cultivar o passado, é algo incrível!

10) AMOR! O sentimento aqui se multiplica por mil. É amor pela história, pela tradição, amor pelos amigos, pelas conquistas, amor pelo apoio dos pais, amor por uma trajetória que vai ser construída, baseada no bem. Gratidão, afetividade, aceitação, felicidade... são apenas alguns dos sentimentos que farão parte da tua vida. Solidão? Nunca mais. Aquele parceiro de mate sempre vai estar a teu dispor. Então, se permita mais, ame mais... projete o teu futuro repleto de conquistas, para que ele se torne uma história digna de orgulho. SEJA TRADICIONALISTA!!!


por Carolina Bouvie
Fonte: blog Cantinho Gaúcho

Região do MTG é comandada por mulheres





Mais um avanço das mulheres no tradicionalismo: na semana passada, foi empossada a coordenadoria da 7a Região Tradicionalista (Passo Fundo), uma das mais importantes do estado. Mais uma vez, Gilda Galleazi foi escolhida coordenadora, auxiliar por mulheres na diretoria: Clair Gai Freitas é a vice-coordenadora, com Fátima Cótica no cargo de secretária geral e Marlene Knob Guntzel como tesoureira.

Para Gilda, a presença das prendas significa "valorização, reconhecimento e principalmente que o movimento é de todos, com uma administração feita com transparência e ética".


Foto: Igor Gava/ MTG
Por Giovani Grizotti
Fonte: Repórter Farroupilha junto ao Portal G1

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

MTG inicia mudança na avaliação artística de eventos


O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Nairo Callegaro, iniciou nesta semana os procedimentos para a realização de mudanças substanciais na avaliação artística de eventos realizados pela entidade e coordenadorias regionais. A iniciativa é embasada nas ponderações apresentadas e aprovadas durante o 65º Congresso Tradicionalista, realizado em janeiro em Bento Gonçalves, quando ficou evidenciada a necessidade urgente de promover o voluntariado e ‘desmercantilizar’ o tradicionalismo.
O primeiro passo, segundo Callegaro, conta com o auxílio dos coordenadores regionais, aos quais foi solicitado, até o dia 18 de fevereiro, que indiquem quatro nomes ou mais, como suplentes, para a criação de equipes avaliadoras no âmbito das próprias coordenadorias. Segundo o vice-presidente artístico do MTG, José Roberto Fishborn, é necessário que os indicados conheçam dança e apresentem currículo. Além disso, os indicados não poderão estar instruindo grupos de dança, passarão por prova para atestar sua capacitação técnica; e passarão por processo preparatório para avaliar eventos de danças tradicionais nas regiões, como circuitos e rodeios. Os indicados, conforme aprovado no Congresso, atuarão como voluntários, recebendo apenas ajuda de custos, hospedagem e alimentação, sem cachê.
Segundo o presidente do MTG, a equipe da entidade atuará na avaliação de eventos até março de 2017, nos moldes do ano de 2016, seguindo a NI01/2016 e, após, o treinamento das pessoas indicadas pelas coordenadorias, a equipe do MTG não mais avaliará eventos artísticos. Segundo Fishborn, este processo deverá durar aproximadamente seis meses e durante o período de preparação, juntos será debatido o formato de funcionamento das escalas para eventos. A equipe do MTG atuará somente nas avaliações dos eventos do próprio MTG e podendo atuar em algum festival que a instituição julgar necessário.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Simplicidade, tradicionalidade e voluntarismo em debate no MTG




O conselheiro benemérito e ex-presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Manoelito Carlos Savaris, no 65º Congresso Tradicionalista, realizado de 13 a 15 de janeiro em Bento Gonçalves, apresentou proposta de reflexão acerca dos rumos da entidade em consonância com seus objetivos e princípios.
"A proposta que apresentamos pretende despertar à comunidade tradicionalista para refletir sobre aspectos ideológicos do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Trata-se de um documento longo e que resultou de muitas observações e alguns debates no âmbito tradicionalista”. São alguns exemplos a questão de uso e custos de indumentária; os custos que os CTGs têm com musicais e instrutores de danças e o conceito que os tradicionalistas dão ao termo ‘amador’, entre outros.
O documento apresentado por Savaris tem uma divisão didática e começa com um pouco de história, passa pela fundamentação ideológica já consolidada e apresenta um diagnóstico do momento atual do movimento.
Segundo Savaris, três características são fundamentais para que o Movimento exista como tal: simplicidade, tradicionalidade e voluntarismo. “O debate deve encontrar caminhos para que os CTGs possam continuar existindo e para que o Movimento não pereça. Queremos despertar o debate para resolver os problemas que envolvem musicais, instrutores de danças, avaliadores, custos de indumentária, nível de exigência nas avaliações e buscar o retorno, tanto quanto possível, do trabalho voluntário sem remuneração”, afirmou.


Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas apresentou o tema de 2017





“Farroupilhas: idealistas, revolucionários e fazedores de história” será o tema dos Festejos Farroupilhas de 2017

A Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas, no 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado de 13 a 15 de janeiro em Bento Gonçalves, apresentou o tema para 2017: “Farroupilhas: idealistas, revolucionários e fazedores de história”.

Partindo do princípio de que “A História de um povo só poderá ser bem interpretada, conhecendo-se a vida e a obra de seus filhos maiores” (Walter Spalding), tem-se por objetivo homenagear as figuras da Revolução Farroupilha, como Bento Gonçalves da Silva, David Canabarro, Antonio de Souza Netto, Domingos José de Almeida, Giuseppe Garibaldi, José Mariano de Mattos, Afonso Corte Real, José Gomes Vasconcelos Jardim, Onofre Pires, Joaquim Teixeira Nunes, Antônio Vicente da Fontoura e Bento Manuel Ribeiro, entre outros.

Com a extinção do IGTF – Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, haverá necessidade de recomposição da comissão estadual e o MTG adotará medidas para cumprir a sua parte e o que estabelece a Carta de Princípios, especialmente o item XXIII: “Comemorar e respeitar as datas, efemérides e vultos nacionais e, particularmente o dia 20 de setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul”.

Festa campeira Regional em Passo Fundo

via rádio Uirapuru

Festa Campeira Regional reforça referência tradicionalista de Passo Fundo no Estado

Créditos: Mateus Miotto

O final de semana foi marcado pela etapa de Passo Fundo da Festa Campeira Regional-FECARS. O evento aconteceu no Parque de Rodeios da Roselândia e contou com diversas atividades campeiras, todas abertas ao pública. Os competidores disputaram provas de laço, além de diversas atividades culturais.


A coordenadora da 7º Região Tradicionalista, Gilda Galeazzi, destacou a grande participação regional, das famílias e também da comunidade de Passo Fundo. Conforme Gilda, o bom público reforça a referência tradicionalista de Passo Fundo.

A próxima etapa da Festa Campeira Regional vai ocorrer   de 16 a 19 de março em Rolante, onde várias regiões competem.

Colaboração Hilton Araldi - Passo Fundo

Voluntariado é o tema quinquenal do MTG


O Movimento Tradicionalista Gaúcho, ao longo dos próximos cinco anos, permeará suas atividades com a reflexão e a busca crescente da prática do voluntariado. A proposta foi apresentada e aprovada durante o 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado nos dias 13 a 15 de janeiro em Bento Gonçalves.
Segundo o presidente do MTG, Nairo Callegaro, o objetivo é formar uma consciência coletiva do verdadeiro trabalho voluntário, criando ferramentas, condições e oportunidades para as entidades tradicionalistas resgatarem o trabalho social que embasa os valores sociais do tradicionalismo. 
“Queremos o ‘re-despertar’ deste sentimento de colaboração que já foi nosso grande norte e que, com o passar dos anos, e com o chegar de influências diversas da sociedade tal qual está constituída, fomos perdendo”. Em seu pronunciamento, no Congresso, o presidente citou o exemplo de que na atualidade dificilmente uma criança aprenderá chula ou declamação sem que pague pelo instrutor, algo que não acontecia quando era criança.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Nairo Callegaro reeleito para presidência do MTG


O engenheiro civil Nairo Callegaro, da chapa ‘De mãos dadas’, foi reeleito para a presidência do Movimento Tradicionalista Gaúcho, gestão 2017. A votação foi realizada durante o 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado em Bento Gonçalves em parceria com a Prefeitura Municipal e 11ª Região Tradicionalista, com 334 votos favoráveis e 36 contrários, totalizando 370 votos.
Como vice-presidente Administrativo e Financeiro assumirá Elenir Winck. A vice-presidência de Cultura estará a cargo de Anijane Varela. Na vice-presidência artística atuará José Roberto Fischborn e na Campeira, José Araujo da Silva. Como vice-presidente de Esportes Campeiros assumirá Martin Guterres Damasco e como vice-presidente da Fundação Cultural Gaúcha assumirá Vitor Hugo Pochmann.
Em seu pronunciamento de posse Callegaro relembrou as dificuldades de 2016, que atingiram toda sociedade e também o MTG, enfatizando que a entidade soube buscar caminhos e soluções. O ano que inicia o presidente classificou como desafiador e conclamou a todos a não usarem mais palavras e expressões como eu, minha coordenadoria, minha região, minha vice-presidência. “Vamos usar nós, nós da diretoria, nós do conselho diretor, nós os coordenadores”.
Lembrando que aos 20 anos de idade foi secretário geral do MTG, Callegaro falou aos jovens, solicitando que continuem participando da entidade. ‘Pensem em soluções. Se não deu certo, será aprendizado. E escrevam essas soluções, para que fiquem registradas para a história’, afirmou.
Ainda em seu pronunciamento o presidente elogiou o 65º Congresso, na sua opinião um dos melhores já realizados. ‘Voltamos a pensar e a discutir questões fundamentais do Movimento e essa semente só está germinando porque anteriormente foi plantada em solo fértil’.
Confira a Diretoria completa:
http://www.mtg.org.br/aentidade/288

Luiz Henrique Lamaison, tomará posse na 1ªRT, dia 26, quinta-feira




MTG garante que Acampamento Farroupilha não vai pedir recursos à Prefeitura em 2017

MTG garante que Acampamento Farroupilha não vai pedir recursos à Prefeitura em 2017
Letícia Costa/G1


O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Nairioli Callegaro, garantiu, neste domingo, em entrevista à Rádio Guaíba, que não vai cobrar auxílio de recursos financeiros da Prefeitura da Capital para o Acampamento Farroupilha, em setembro. Callegaro declarou que a prefeitura ainda deve um repasse do evento de 2016, no montante de R$ 150 mil. O MTG, que organiza o evento, também não conta com esse dinheiro, reconhece o dirigente. Ele adverte, porém, que o tamanho do evento pode sofrer alguma redução, dependendo dos valores obtidos para a festividade.
“Nós não vamos pedir (auxílio da Prefeitura). Nós vamos redimensionar o tamanho do Acampamento, se for essa a questão, dentro daquilo que nós já temos um número estabelecido com aquilo que nós trabalhamos. E como eu disse: se tiver que fazer um pouco menor, vai se fazer. Isso é muito flexível dependendo do que conseguirmos em termos de aporte financeiro de leis de incentivo, de empresas que vão aportar diretamente, dar o seu apoio”, afirmou Callegaro.
Sobre as prestações de contas do evento passado, Callegaro estima que o MTG consiga finalizar o cálculo até março.
“Nós pretendemos fechar as contas de 2016 e não usar esse convênio que foi assinado no ano passado. E começar uma vida nova agora, este ano, com a Prefeitura. O que interessa ao MTG é que nós tenhamos a tranquilidade de poder trabalhar e executar o evento sem essas preocupações, essas pressões de receber ou não receber verba pública, em que momento nós vamos contar com esses valores ou não. É mais tranquilo tu trabalhares com aquilo que tu tens do que com a promessa que futuramente tu virás a ter quando não se sabe se terá. A sociedade vive um flagelo na saúde, na segurança, na educação, em vários setores, então eu não me encorajo em pedir verba pública para realizar uma festa assim”, declarou Callegaro.
Questionado se o MTG cogita cobrar pela entrada no Acampamento a fim de angariar recursos, o presidente do movimento foi enfático ao garantir que não. Callegaro afirmou que o evento é público e assim vai continuar. “Aquilo é uma festa pública. E pública ela vai continuar sendo: aberta para a toda comunidade entrar ali”, declarou. De acordo com Callegaro, o orçamento do Acampamento é de aproximadamente R$ 2 milhões. (Rádio Guaíba)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Departamento Jovem do MTG sob nova direção


Eduardo Gusmão e Kelvyn Krug assumiram a função
Desde o final de semana, quando ocorreu a eleição no 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, em Bento Gonçalves, o Departamento Jovem Central, do MTG, está sob nova direção. Os jovens Eduardo Gusmão Bittencourt, do CTG Prenda Minha, da cidade de Bagé, e o jovem Kelvyn Krug, do CTG Felipe Portinho, de Marau assumiram as rédeas do departamento.

"Desde a metade de 2016, tive a vontade de, na próxima gestão, estar a frente do departamento jovem, pois sei que tenho muito a contribuir com ideias e ideais para com a nossa juventude. Para isso, convidei um grande amigo de Bagé, o peão Eduardo Gusmão, o famoso "Bergamota", para montarmos uma chapa para a Diretoria do Departamento Jovem Central do MTG. Convite que foi aceito, após analisarmos que nossas ideias para melhorar e ampliar a visibilidade nossa cultura e principalmente a imagem do jovem, eram as mesmas" - escreveu Krug, em seu facebook oficial no final do ano passado.

Ao acompanha-los, durante suas gestões de Peão Farroupilha de suas Regiões (7ª e 18ª), foi possível constatar o grande carisma que eles tem com outros jovens. O "Bergamota", como é conhecido o Eduardo Gusmão, está sempre cercado de amigos e, com eles, revolucionaram a cultura em uma região que se via abandonada pelo trabalho coletivo. Essa geração conseguiu resgatar isso.

Pelo que fizeram em suas regiões e pelo que sei que podem fazer pelo estado, tenho certeza que os jovens votaram bem e votaram certo. Parabéns Berga e Kelvyn... sucesso na gestão.

MTG realizou o 65º Congresso Tradicionalista, em Bento Gonçalves


             Mais um grande evento tradicionalista organizado no Rio Grande do Sul pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho que obteve grande sucesso. As atividades começaram na sexta-feira, dia 13, quando, na sessão preparatória, o Presidente do MTG, Nairioli Calegaro, indicou à plenária, para presidir o Congresso, Odila Paese Savaris. Como primeiro Vice-presidente Vorni Prestes e, como segundo, indicado pela Comissão Executiva, Claudiomiro Dias.  Apresentou ainda, a Secretária Geral, indicada pelo Conselho Diretor do MTG, Iara Vanice Rott e, como Relator Geral, Airto Glademir Toniazzo Timm.




             Na noite de sexta, foi o momento da abertura oficial. Formaram a mesa de honra as seguintes autoridades: Nairioli Antunes Callegaro, Presidente do MTG-RS, João Ermelino de Mello, Presidente da CBTG, Evandro Soares, Secretario de Cultura, representando o Prefeito Municipal de Bento Gonçalves, Marciano Dalpizol, Gerente da Corsan de Bento Gonçalves, Pompeo de Mattos, Deputado Federal, Volnei Cristofoli, representando o Presidente do Poder Legislativo de Bento Gonçalves, Odila Paese Savaris, Presidente do 65º Congresso Tradicionalista, Gilmar Machado, Presidente da Comissão Executiva do 65º Congresso Tradicionalista, Luiz Carlos Rigon, Coordenador da 11ª. Região Tradicionalista, Antenor Rizzi, Patrão do CTG Laço Velho, o jovem Diego Andrade, Peão Farroupilha do RS, a senhorita Roberta Jacinto, 1ª Prenda do RS e Roberto Basso, Presidente do MTG do Mato Grosso.




 Tema anual 2017 do MTG: 

“Resgatando os legados de 47-70 anos da chama crioula e do grupo dos 8”

            Paixão Cortes, no ano em que completa 90 anos, será homenageado pelos tradicionalistas com o tema proposto por Hélio Ferreira. O proponente afirmou, em sua defesa, que resgatar o legado de 47 e, do grupo dos oito, que deram início a tudo, e através do que aqueles jovens realizaram no colégio Júlio de Castilhos, em 1947, que o Movimento perdura por 50 anos. Destacou ainda, o fato de que hoje Paixão Cortes estar entre nós. “Será que ele estará conosco daqui a dez ou vinte anos? Será que o mesmo terá a oportunidade de ser homenageado, para ser ouvido e reverenciado?” – disse hélio Ferreira, usando estas perguntas como apelo para a aprovação da proposta que concorria com mais duas. A proposição foi a vencedora.



 Tese para reflexão: “A ideologia do tradicionalismo gaúcho”

            Manoelito Savaris  apresentou um documento que leva o nome de “reflexão e ideologia”, que é fruto de debates realizados em reuniões do Conselho Diretor do MTG e que ele se comprometeu a colocar no papel para que os Patrões de entidades e Coordenadores Regionais tenham como base para decisões necessárias. É documento extenso e pode ser encontrado no site do MTG. 
            Savaris iniciou com algumas considerações preliminares e que, uma das primeiras coisas, foi que no século XX, os jovens tomaram uma atitude de reação a invasão cultural, especialmente a norte-americana. Os jovens reagiram a essa invasão, resgatando elementos fundamentais para a preservação da cultura tradicional do RS. Afirmou que uma coisa fundamental a ser dita é que a evolução é da essência das entidades, que movimento é mudança e aponta par ao futuro. 

            A segunda parte do trabalho aborda, especialmente, baseada nas teses que temos em nossa literatura tradicionalista sobre fundamentos e objetivos, que é a carta de princípios e os estatutos. Documentos que nos dão a direção para onde iremos. “Simplicidade. Nós somos simples, pois o gaúcho é simples no jeito de vestir, de se comportar, em nossos galpões” - disse Savaris. “Tradicionalidade. Nós somos tradicionais, acima de tudo. 
             Tradicionalista é aquele que usa a tradição como seu rumo, como seu norte, mas a tradição que é o legado, os valores princípios e costumes dos antepassados, o que tem valor para mim e para o meus filhos” - concluiu. 
E, finalmente, o voluntariado. De forma graciosa, sem esperar retorno, somente a satisfação de fazer algo pelo todo e que atinge 95% dos participantes do Movimento. Fez ainda, uma analise do momento atual do Movimento, que tem duas grandes áreas que apresentam conflitos. Na área campeira, que afeta a questão da tradicionalidade, especialmente na questão da pilcha. E na área artística, na questão da indumentária, cujo problema é o não uso, principalmente, em rodeio gaúcho, onde, no domingo, somente estão pilchados os que ainda não subiram ao palco. “Na campeira o laçador não tira a bombacha, na artística sim, por quê?” – perguntou Savaris. Afirma que os dirigentes não tomam atitude para não se indispor com os participantes. 

             “Temos questões competitivas, pois levaram a quase profissionalização em algumas áreas. Voluntariado ali quase não existe mais. Laçadores voluntários quase não existem, também. Os laçadores somente se interessam pelos prêmios e, quem faz isso, somos nós. Na portaria que passa a sede deste congresso, por exemplo, diz o seguinte: “Por tratar-se de um evento amador....” ou seja, são eventos amadores. Perguntamos: todos são amadores? Especialmente os músicos, instrutores, avaliadores são amadores? Queremos ser amadores ou profissionais, nós temos que dizer isso. Ou queremos que o Enart não seja amador. Diz que os profissionais estão prestando seu serviço da melhor forma, nós é que temos que dizer o que queremos. Disse ser contrário ao uso do cd nos grupos de dança, pois, do jeito que está como vou criticar quem dança com esse recurso? Se contratar músicos se torna muito caro. Precisamos parar e questionar. Para projetar o futuro, esse modelo que nós temos é o que nos interessa”- concluiu. 
              Savaris falou ainda, do domínio dos instrutores dentro dos CTGs. Isso acontece porque o patrão é um voluntário que, pressionado pela gurizada e pelos pais desses jovens, fica contra a parede. Ou se submete à pressão ou fica sozinho, porque o instrutor pega todo mundo e vai embora, para outra entidade. São  impostas condições, as quais sempre são de custo elevado, ficando, muitas vezes, para a entidade quitar. Essas são as consequências paralelas. Cada vez mais as entidades do interior não conseguem manter grupos adultos para fazer frente aos custos de avaliação. A planilha da dança foi encarada da forma que “um comum não entende, só especialistas podem entender”. As demais planilhas, de outras modalidades artísticas, também estão iguais. Se alguém subir no palco e cantar musica do Gildo é ultimo lugar garantido. Por quê isso? Nós somos um” the voice”, ou uma entidade tradicionalista? Essas são as reflexões que devemos ter a coragem de repensar essas questões.








Tema quinquenal, com o título “Projeto Social MTG – Voluntariado”, da autoria da diretoria do MTG

           O tema será trabalhado ao longo de cinco anos e deverá ser desenvolvido em todo âmbito do movimento, com o objetivo primordial em nossos valores fundamentais. O Presidente Nairo manifestou-se em defesa da proposiçãoe apresentou o projeto para o tema quinquenal expondo diversas justificativas para que o mesmo seja implementado. Disse que gostaria de ver todos aqueles que se manifestaram no congresso de bento serem multiplicadores do verdadeiro voluntariado, sem esperar benefício algum. 

          Nairo questionou quem de fato é voluntário, qualificando os adjetivos do mesmo. Que essa proposta vem tentar despertar a consciência das pessoas para o verdadeiro voluntariado. Disse que praticar o bem pelas vontades coletivas é simples e este deve ser o verdadeiro norteador. "Ser voluntário é querer fazer. A sociedade tradicionalista precisa muito disso" - concluiu. 

          O Conselheiro Vaqueano, Manoelito Savaris, manifestou-se parabenizando a diretoria do MTG pelo tema proposto. Afirmou que a questão do voluntariado é uma questão complexa, pois todos, sempre tem algum tipo de interesse. Disse que quando estabelecemos os temas, temos que andar juntos com ele. "Temos que detectar exatamente onde está o problema e quem são os “não voluntários” do nosso meio, com clareza. Acredita que a diretoria vai fazer isso. Afirmou ser favorável ao tema proposto, e que entende que de imediato tem que ser divulgado onde está o problema, para atacar o foco correto" - concluiu Savaris. A proposta foi aprovada por unanimidade. A Presidente do Congresso, Odila Savaris, afirmou que o temática será trabalhada nos próximos cinco anos como tema quinquenal, ou seja, de 2017 a 2021.







            Foram eleitos, como diretor do departamento Jovem do MTG, Kelvyn Krug e como vice-diretor Eduardo Gusmão. Ainda, foram eleitos os diretores da primeira inter-regional, as jovens Maria Borges Antunes e Amanda Cabral Damásio, os representantes do departamento jovem da segunda inter-regional, Marco Saldanha e Diana Ribeiro. Os jovens Marina Mayer e André Barreto representando a terceira inter-regional e, ainda, Alessandra Hoppen e Arthur Paganella como diretores da quarta inter-regional.









Diretoria eleita no 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado na cidade de Bento Gonçalves, 11ªRT:
Presidente – Nairioli Antunes Callegaro 
Vice-presidente de Administração e Finanças – Elenir De Fátima Dill Winck 
Vice-presidente de Cultura: Anijane Luiz Varela 
Vice-presidente Campeiro – José Alvoni Araújo Silva 
Vice-presidente Artístico - José Roberto Fischborn 
Vice-presidente de Esportes Campeiros – Martim Guterres Damasco 
Secretário Geral – Nilton Otton 
Tesoureiro Geral - Gerson Luiz Ludwig
Vice-Presidente da Fundação Cultural Gaúcha - MTG – Vitor Hugo Pochmann


 Tomaram posse os novos Coordenadores Regionais