Chico do Porrete: uma dança dos Birivas!
As Danças Biriva começaram a ser pesquisadas a partir de estudos iniciados na década de 50. Porém, a primeira apresentação artística dessas danças folclóricas no Rio Grande do Sul só ocorreu em dezembro de 1998, na cidade de Antônio Prado. Paixão Côrtes, como coordenador do Grupo de Danças do CTG Pampa do Rio Grande, de Caxias do Sul, realizou no ano de 2000 o primeiro espetáculo de Danças Biriva. E em maio de 2001, essa apresentação foi a principal atração nas comemorações do 120. aniversário da cidade de Lagoa Vermelha. Nesse mesmo ano, no mês de novembro, o Congresso da CBTG-Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha aprovou as danças dos tropeiros, classificando-as na modalidade Danças Biriva. A partir de então a temática das danças tropeiristas passou a ser reconhecida nacionalmente no meio tradicionalista gaúcho. As danças do Fandango, Sapateado, Chico do Porrete, Chula e Danças dos Facões são hoje preservadas graças ao perseverante trabalho de pesquisa do folclorista Paixão Côrtes. Chico do Porrete, por exemplo, por ser uma dança dos tropeiros só é dançada por peões. Com movimentos de passar o bastão por entre as pernas, por uma mão e outra, e sapateios, a dança demonstra e representa a habilidade e o vigor físico dos dançarinos. Como as demais danças do ciclo antigo do Tropeirismo, Chico do Porrete foi dançada pelos Birivas, entre estes os habitantes da região serrana do Rio Grande do Sul. Os tropeiros de mulas, que interligavam o Rio Grande às áreas rurais do centro do país, as dançavam nos seus acampamentos e nos momentos de diversão e festa. Esta modalidade de Danças Biriva foi pesquisada em São Francisco de Paula-RS, na Encosta da Serra do Mar e nos demais rincões por onde as comitivas de tropas de mula passaram, a partir do ano de 1961. No livro “Tropeirismo Biriva”, publicado por ocasião das comemorações dos 150 anos de Vacaria, Paixão Côrtes relata toda a influência exercida pelos tropeiros de São Paulo na formação cultural da Região Serrana do Rio Grande do Sul. Assim, diante da influência exercida pelos tropeiros na Região da Serra Gaúcha, seja nas danças como nos usos e costumes, as Danças Biriva devem ser reconhecidas e valorizadas no âmbito do Tradicionalismo, por constituírem-se parte integrante da Cultura do Povo Gaúcho!
Fonte: www.bombachalarga.com.br
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sábado, 31 de dezembro de 2016
AS DANÇAS BIRIVA E O TRADICIONALISMO!
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Um comentário:
Perfeito e justo resgate.
O que não pode é representar os birivas usando chiripá, que é vestuário lá da linha castelhana. Nunca os tropeiros birivas usaram chiripá, até porque há registro do uso da bombacha, no Paraná, quase um século antes da Guerra do Paraguai, evento que o tradicionalismo gaúcho dá como a entrada da bombacha no RS, ou no pampa.
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